Retrofit: a revitalização da fachada pode valorizar o patrimônio
Work Place Funchal, edifício localizado na Vila Olímpia, em São Paulo
Na natureza tudo é cíclico, com arquitetura e imóveis não é diferente. Assim como trazer o ar de modernidade para aquelas construções erguidas há décadas? É, então, que o retrofit se torna a solução.
“O retrofit nada mais é que o processo de melhoria de construções antigas, a fim de modernizar, corrigir problemas, dar mais beleza, atratividade, conforto e segurança aos usuários do empreendimento”, explica o Engº Marco Dal Maso, sócio-diretor da Mário Dal Maso. Esta é uma tendência da arquitetura que surgiu na Europa como uma alternativa para quando não era permitido a demolição e criação de novas obras – a opção era restaurar o que já existia.
Mas qual a diferença entre reforma e retrofit? Basicamente, a reforma é algo mais simples, pequenas intervenções que não alteram o espaço por completo, enquanto o retrofit envolve um trabalho mais amplo que visa a atualização e a modernização de prédios e instalações.
A maioria das vezes, escolher o retrofit se torna uma opção adequada, principalmente quando o envelhecimento do patrimônio acarreta a perda da atratividade, proporcionando desvalorização e vacância, além de perder a sua vida útil. “O retrofit pode ser feito também quando uma edificação precisa se atualizar às normas atuais, como adaptações no sistema de segurança ou tecnologias sustentáveis”, exemplifica Marco.
“As etapas de um projeto de retrofit compreendem um planejamento global altamente especializado, passa pelo estudo de mercado do produto atual x futuro, projeção da futura valorização e rentabilidade, comparado com investimento proposto, análise de alternativas de arquitetura e melhorias estruturais, como, hidráulica, elétrica e instalações de tecnologias diversas. Mas cada projeto deverá ter caráter estratégico, pode ser um projeto extenso ou mais enxuto, com modificações pontuais ou globais, o objetivo principal é a valorização patrimonial como um todo” diz Marco.
As vantagens de um retrofit vão muito além da estética – como é o caso do Work Place Funchal, edifício localizado na Vila Olímpia, em São Paulo, e que é administrado pela Mario Dal Maso. Antes do projeto de retrofit, o prédio apresentava uma vacância alta e, após a implementação do projeto, teve uma queda de 13% no número de salas vazias.
“Esta é uma das grandes vantagens do projeto de retrofit, e um exemplo prático muito perto de nós. Ter uma redução na vacância é apenas um ponto positivo dentre muitos”, afirma Marco.
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