Mercado imobiliário tende a reaquecer em 2018
O mercado imobiliário tem enfrentado instabilidades há 5 anos. O setor começou a desacelerar ao longo de 2012, mas dificuldades aumentaram em 2013 e a crise se instalou com o início da recessão econômica brasileira durante 2014. Os anos de 2015 e 2016 foram os que mais retraíram o desenvolvimento do mercado e 2017 também teve um início tímido, mas a partir do segundo semestre, a economia começou a dar sinais de retomadas.
O PIB voltou a crescer neste ano, depois de dois anos de variação negativa, e a expectativa é que ele feche em 0,5%, segundo o relatório Focus do Banco Central, a projeção para 2018 é que o PIB feche em 2%. “Aos poucos a política tem se afastado da economia e o País voltará a crescer. A taxa básica de juros pode despencar para 7% ao ano até dezembro. Em janeiro deste ano, a Selic estava em 13% ao ano. Em 2018, os juros podem ser ainda menores”, explica Marco Dal Maso, diretor comercial, expansão e desenvolvimento da Mario Dal Maso.
Para o diretor, trata-se apenas de uma questão de tempo para os bancos reduzirem a taxa de juros para os financiamentos imobiliários, o que atrairá mais consumidores. “Os problemas no setor decorrem principalmente da deterioração no mercado de trabalho e da retração no crédito imobiliário. Com os bancos estimulados a conceder créditos, haverá melhora no setor”, afirma.
Pesquisas do Sindicato da Habitação (Secovi -SP) mostram que entre os meses de janeiro a agosto deste ano, foram comercializadas 10.991 unidades, um aumento de 20,8% em comparação ao mesmo período de 2016, quando as vendas totalizaram 9.100 unidades. Somente no mesmo de agosto foram vendidas 1.865 unidades residenciais novas. O resultado representa crescimento de 50,6% em comparação ao total vendido em julho (1.238 unidades) e 73% quando confrontado com as 1.078 unidades comercializadas no mesmo mês de 2016.Houve também grande queda no número de distratos. Em agosto de 2016, as rescisões unilaterais de contrato correspondiam a 23,5%; em julho deste ano, caíram para 14%.
Marco Dal Maso acredita, portanto, que o ano de 2018 será de expansão para o mercado imobiliário. “Em um ano nem mesmo em dois ou três não chegaremos ao boom imobiliário de 2011, mas com certeza, o mercado estará mais aquecido, e gradualmente teremos uma evolução dos negócios imobiliários, intensificando se, principalmente após a eleição de 2018", concluí.
|