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![]() Vistoria de entrada e saída é segurança para locador e locatário Em um mercado de locação cada vez mais profissionalizado, a vistoria de entrada e saída deixou de ser um simples checklist para se tornar um instrumento central de segurança jurídica. Ao registrar com precisão as condições do imóvel no início e ao final do contrato, ela reduz o espaço para disputas, evita interpretações subjetivas e protege o patrimônio do locador sem expor o inquilino a cobranças indevidas. No entanto, nem sempre o processo é conduzido com o rigor necessário. Laudos genéricos, com termos vagos como “em bom estado” ou “funcionando normalmente”, sem documentação fotográfica detalhada ou assinatura das partes, abrem brechas que podem comprometer a cobrança de danos reais na devolução do imóvel. O resultado são litígios evitáveis, prejuízos financeiros e desgaste na relação entre as partes. “Hoje, o litígio em locações de alto padrão ocorre menos por má-fé e mais por falhas de documentação. Um dano estrutural não identificado, um piso desgastado além do uso normal ou um vazamento encoberto se tornam praticamente incobráveis sem uma vistoria bem feita”, afirma Sandra Duarte, gerente administrativa de patrimônio. Para além da função técnica, a vistoria bem elaborada tem efeito preventivo. Quando o inquilino recebe um laudo detalhado na entrada — com fotos, descrições específicas e registro dos mínimos detalhes — ele tende a adotar uma postura mais cuidadosa durante a ocupação. Já na saída, a comparação entre os documentos elimina dúvidas e sustenta a eventual retenção de parte da caução para reparos legítimos. Sandra destaca que a omissão de informações também pode ser interpretada judicialmente como concordância tácita. “Já acompanhamos casos em que a falta de detalhamento foi interpretada como anuência. O juiz entendeu que, se o locador aceitou a devolução sem ressalvas ou sem prova material de dano, o direito de reparação foi perdido. É um passivo silencioso que muitos só percebem quando é tarde.” Para a Mario Dal Maso, a vistoria é parte integrante da estratégia de preservação do patrimônio. O uso de ferramentas digitais, a padronização dos laudos e o acompanhamento presencial qualificado por técnicos treinados são elementos indispensáveis para assegurar a eficácia do processo. “A segurança jurídica de uma locação está nos detalhes. E a vistoria é o documento que transforma impressão em prova. Para quem administra patrimônio com visão de longo prazo, ela é tão importante quanto o contrato”, conclui Duarte. |
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