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Inadimplência de condomínios pode chegar aos 25% neste ano

O número de pessoas que não pagam o condomínio está aumentando de forma preocupante. Em 2020, a inadimplência de taxas condominiais foi de 14%, mas no primeiro semestre de 2023, esse número subiu para 24%.

A pandemia de COVID-19 contribuiu significativamente para o aumento do desemprego e, consequentemente, para a falha na gestão financeira das famílias, cujas consequências ainda estamos enfrentando. Além disso, o país enfrenta uma inflação alta, que não víamos há tempos, levando os brasileiros a priorizarem itens essenciais como alimentação e outras necessidades básicas.

De acordo com levantamentos recentes, isso significa que atualmente os condomínios deixam de arrecadar aproximadamente R$ 2,5 bilhões mensais devido à inadimplência. Na prática, isso resulta em um déficit anual de cerca de R$ 30 bilhões.

As pessoas mais afetadas pela inadimplência são aquelas com idades entre 26 e 40 anos (34,7%) e entre 41 e 60 anos (34,8%). Não há, entretanto, um tipo específico de condomínio mais afetado pela inadimplência; todos os tipos de condomínios sofrem com esse problema.

Com a perda de poder aquisitivo, muitos indivíduos da classe B migraram para a classe C, e aqueles da classe C passaram para a classe D. "O mercado oferece condomínios para todas as classes sociais, então, quem estava inadimplente em um condomínio de classe B, tornou-se adimplente em um condomínio de classe C. Da mesma forma, quem estava inadimplente em um condomínio de classe A, reduziu seu padrão de vida e ficou adimplente em um condomínio de classe B", explica Karen Monteiro, gerente de qualidade da Mario Dal Maso.

A recomendação para síndicos é incluir a inadimplência prevista na taxa condominial. Por exemplo, se a previsão é de 25% de inadimplência e um condomínio precisa de R$ 10 mil mensais para se manter, o síndico deve se antecipar e arrecadar R$ 12,5 mil, dividindo o valor entre os moradores. Além de equilibrar a situação financeira, isso contribui para a boa convivência entre os condôminos.

Estratégias adicionais que podem ajudar a reduzir a inadimplência incluem manter uma comunicação clara e efetiva com os moradores sobre prazos de pagamento e consequências da inadimplência, estabelecer políticas de cobrança, oferecer incentivos para pagamento antecipado e negociar dívidas antes de tomar medidas judiciais.

 

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