Criptomoedas são tendência no mercado imobiliário
Algumas construtoras têm adotado o uso de criptomoedas ou moedas digitais para venda de imóveis. Esta modalidade financeira valorizou-se diante do dinheiro real e permitiu que uma gama enorme de pessoas que investem ou possuem seus negócios no modelo online conseguissem adquirir imóveis. De acordo com os dados do mercado imobiliário, um apartamento que custa R$ 230 mil, por exemplo, custaria o equivalente a 9,82 bitcoins, tipo de moeda digital.
A nova tendência, no entanto, ainda é polêmica entre o setor imobiliário. As criptomoedas são códigos digitais que podem ser convertidos em valores reais. As negociações são online, sem intermediários e não são regulamentadas por um sistema monetário. Portanto, não há legislação própria sobre as transações. A base do sistema está na blockchain ou “protocolo da confiança”, que tem como principal medida de segurança a descentralização, ou seja, todos os dados e transações são compartilhados.
Para o diretor da Mario Dal Maso, Helio Coelho, o uso de criptomoedas amplia a carteira de cliente e traz mais agilidade às vendas, no entanto, é preciso estar ciente dos riscos do mercado, antes de adotar a prática. “Apesar de não sofrer influência pela inflação, é regida por um mercado internacional e, por isso a variação do valor da moeda digital é bastante alta, ou seja, em um mesmo dia ela pode estar muito valorizada em relação ao dinheiro real como super desvalorizada, levando as partes negociantes ao prejuízo”, comenta.
Investir nesse ambiente para adquirir um imóvel pode não compensar devido ao alto risco de desvalorização. “A recomendação é que este meio de pagamento seja utilizado apenas para quem já tem as moedas digitais investidas e pode fazer a transação diretamente com a construtora. A palavra de ordem é cautela”, afirma Coelho.
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